quinta-feira, 1 de outubro de 2009

365

Tá, eu sei! Sei que exagerei no tempo sem escrever, afinal, a proposta de ter o blog não era deixar ele mofando por aqui. Mas, talvez, nunca seja tarde, ainda que com 365 dias de atraso...
Realmente, não tenho ideia do que escrever. Na verdade, até tenho, mas assim? Agora? Correndo?!
Tô tentando pensar em pelo menos alguma frase que faça valer esse post, só pra não me sentir mal que tô aqui enchendo linguiça. Aliás, foram tantos acontecimentos nesse intervalo de tempo que a liguiça até perdeu o trema!! O tranquilo também e certas palavras nem tem mais o acento. Nem o têm.

Tem a gripe suína também... No último post la não tinha dado os focinhos ainda. Pobres porcos, nada a ver com a coisa toda... Assim como agora tem vereadores espalhados em diversos municípios para entrar nas respectivas câmaras, que também não tem - sem acento - nada a ver com o pastel.
A crise mundial já existia, não? SERÁ QUE NÃO?! O aquecimento global eu tenho certeza que sim...
O meu twitter também não existia - mas também tá entregue às moscas, nem vale o esforço de chegar lá...
Caaaaaaalma! Eu não sou tão arriada assim também! Vamos pelo lado bom das coisas que eu FIZ!
O meu estágio não existia; a minha carteira de motorista ainda não existia também; muito menos, a Joaninha, minha companheira de quatro rodas que faz valer o verão nas aulas teóricas. O meu mundo não tinha ganho uma certa cor especial também - deixando o coração falar mais alto nessa última frase... #)
Eu não tinha descoberto o quanto algumas pessoas eram importantes pra mim... Tudo bem, aqueles mais queridos e indispensáveis eu faço questão de (re)descobrir a importância todos os dias... Imagina em 365, então!

Ai ai... Quanta coisa mudou... Quanta coisa continua deliciosamente igual também...
Parece mais post de ano novo isso (vou ter que pensar em algo pro dia 31 de dezembro então...)!

É, amigo... Mundo (re)virado esse aí fora! E o daqui de dentro também! É a suína, o aquecimento, a crise, as reformas ortográfica e eleitoral... e ainda tem tanta coisa que faz cada minutinho valer a pena!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

1/10


Quantas coisas esconde o 1?

Um.
Uma.
Uns.

Um primeiro lugar.
Um milhão de beijos.
Um silêncio.

Um dia. Pra novas contas, 30.
10 meses. Pro Novo, 2.

Um.
E pra DEZ, nove ou um zero?

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Céu e cor

Tinha tudo pra ser mais um pôr-do-sol, com toda a beleza que esse momento do dia reservava. Aliás, era um momento, em especial, que mexia com Ela, com os seus pensamentos e provocava uma espécie de... calma? Instropecção por si só. Não naquele dia. O incomparável tom de vermelho que tomou conta do céu azul transmitiu múltiplas sensações. Lembrou certa vez em que não o pôr, mas o nascer do Sol a fez pensar no que aqueles dois momentos, o nascer e o pôr, verdadeiramente representavam. Estranho pensar que, ao mesmo tempo em que o Sol, no caso do pôr, se despede, a Lua dá boas vindas e se aproxima. Ou o contrário, quando nas primeiras horas da manhã.
Não consegue conceber a idéia de que Sol e Lua jamais se encontram no céu. Encontram-se todos os dias. Pelo menos duas vezes. Claro, fisicamente o brilho da Lua depende de forma intrínseca da luminosidade do Sol. Mas desde quando a Física explica as coisas e a beleza da alma? Ela (não a Física, mas Ela!) apenas percebe que, nesse momento, os dois estão lá, juntos.
Aqueles momentos – nascer e pôr – demonstram o abandono, a chegada e o (re)encontro. Um empresta o seu lugar ao outro, deixando sua sensação particular sem roubar a majestade do que irá se seguir.
Ela, no entanto, pensa em tudo, tudo misturado. Relaciona com os seus aspectos, com o seu coração e sua cabeça, talvez. Pensa nas mil vezes em que consegue (finalmente!) ser racional e a emoção se aproxima... se aproxima... e toma conta, mais uma vez, de sua vontade. Também, há dias em que o coração – quem sabe machucado ou cansado, quem sabe teimoso – sofre uma pequena "parada" a favor do racionalismo. Esquecendo-se dessa relação, pensa somente em que forças regem aquele espetáculo celestial...
Voltando das lembranças, percebe que o vermelho continua lá. Rosa, quem sabe. Azul e vermelho. Vermelho e azul. A confusão e a calma. A luxúria e o sagrado? A maldade e a bondade do ser humano? O dia indo, a noite vindo. Rosa, cada vez mais rosa...
De repente, o azul total! Escuro e misterioso. Lá, na altura do que dizem ser Vênus, uma Estrela brilha. A mais forte do céu, tão forte que parece ser a única. Do outro lado, a Lua. Linda, quase cheia, brilhante. E, também lá no alto, a certeza de que logo estaria envolta em outro céu: claro, sem Estrelas e, quem sabe, vermelho em sua imensidão azul.

*Qualquer relação com o Grenal foi mera coincidência. Sério.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Aspirando

É uma espécie de vontade motivadora; como um querer. Ou, assim o parece. Com aquilo que conheço como querer, quer dizer.
Diretamente transitivo: ter o desejo ou a intenção (de); tencionar, projetar. É o querer lerescreverdançarirficardormircomerassistirsentir, assim mesmo, tudo ao mesmo tempo; tudo agora. Extravasa minhas emoções e ambições e, de repente, faz com que eu pule da cadeira e esteja me transformando em cem. Em mil. Em um milhão até! Mas, às vezes, não. Tem vezes que esse querer assume uma carranca intransitiva, se impõe e não vai, não vai. Martela e martela, ora na razão, ora na emoção. Tem como objetivo me cutucar, creio eu. Quero e COMO quero! Mas o quê? E, embora isso desperte em comunhão com o "tudo ao mesmo tempo" também, é diferente. É... angustiante. Provoca as tais borboletas no estômago e os cutucões nas feridas. Não sei bem definir se as cutuca com 'mertiolate' ou com um bisturi. Sei apenas que quero. Quero muito. Me pego querendo coisas que não sei bem como funcionam, que nunca tive acesso ao manual de instruções. Nem vou ler! Quero que elas funcionem, sem muita paciência, sem muita demora. Quero! Quero que o mal desapareça e quero ter algum motivo pra chorar e pôr pra fora o que restou. Quero amar, amar, amar! Sempre e muito! Mas quero não ter que medir se amo ou não...
Quero!
Quero!
Quero!

Entre viver e ter o que justifica qualquer existência, apenas quero. Quero querer, e não buscar explicações para os meus “quereres”.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Não sei


Quantas 1.239 vezes a gente pára pra pensar e recebe isso de resposta? É o que fazer de um final de semana chuvoso; o que comer daqui a dois minutos; o que ganhar no Natal; o que fazer no vestibular; o que ou a quem amar (problemão, não?). Não sei, não sei, NÃO SEI, porra!
Resposta vazia? Por muito tempo eu achei que sim, mas, hoje, acredito que a incerteza do que fazer reflete uns milhares de certezas. É sério!
Seria tudo imensamente mais fácil (e chato!) se envolvesse apenas uma opção, apenas uma saída. O fato de não saber que atitude tomar não é falta de alternativas, mas sim a imensidão delas. E uma imensidão de conseqüências também. Ahá! Toquei no ponto fraco, né?
Cada escolha que se faz é uma renúncia instantânea... Não, não, a idéia não é lembrar a tal da música, mas, sim, expor que é isso mesmo! Ta aí o ponto! Uma atitude feita implica em uma renunciada; a escolha de uma pessoa implica em não se importar com o que os outros possam oferecer; um presente mais caro no Natal pode resultar numa lembrancinha no aniversário.
O que fazer com essas milhões de dúvidas? Não sei. Poxa, sério! Por que tem que haver necessariamente uma escolha? E por que, acima de tudo, ela tem que estar certa? “There’s no certainty, only opportunity”* e essas é que não devem ser desperdiçadas! A 'obrigação' do homem não é acertar, mas fazer o possível para. Quer dizer, isso é uma opinião minha, pode ser que tudo isso seja bobagem. Pode ser que quem erre deva se ferrar e tudo o mais, maasss...
Quando pensei em escrever isso, não quis construir nenhum manual de auto-ajuda, muito pelo contrário! Primeiro, porque não acredito em manuais de auto-ajuda! :D E, mesmo se acreditasse, não teria a capacidade de criar um. ;) Também não quero desabafar meus problemas, quero só....Hm... Filosofar. Filosofar no sentido de vivenciar. De explanar. De sentir. De exercitar. Se isso vai servir de algo, eu nem sei...

*“Não há certezas, apenas oportunidades”, fala do V em “V de vingança” (V for Vendetta)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Um pouco de poesia

Entre mil compromissos acadêmicos, achei um segundo para vir até aqui. Justamente pela falta de tempo achei tempo (que paradoxal!). Tempo pra lembrar que um pouco de poesia não faz mal a ninguém. :)

Irene no céu - Manuel Bandeira

"Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.
Imagino Irene entrando no céu:
- Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
- Entra, Irene. Você não precisa pedir licença"


Uma das minhas preferidas! A Irene me cativa toda vez que eu leio. #)


E, dessa vez, tu que me inspirou, Dona Bru :*

domingo, 15 de junho de 2008

Mundo de Marília :)

Engraçado, essa coisa de blog passou a ser, de certa forma, necessária. Foi-se o tempo em que era simples ter um momentinho para externar as coisas do peito e da alma.
Toda menina (desculpa a generalização) já teve um diário na vida. Ou vários. Mas isso parece ter prazo de validade, não? Pelo menos deve soar meio estranho essa coisa de "Querido diário, hoje ele me deu uma piscadinha na escola" (Acreditem, isso existe!). E, ainda é meio cedo pra falar sério demais, não?
Sei lá, eu realmente tenho uns planos na vida, mas não sei se eles vão vingar, não sei se são os mais excitantes para compartilhar com alguém. Tem aquela coisa de pensar se eu tô fazendo a coisa certa da vida; também tem o lado de ainda acreditar naquele mundo perfeitinho e querer só que isso dê certo. Cabeças humanas... "Humano, demasiado humano", meu caro Nietzsche. Juro que um dia eu leio o livro e faço alguma comparação com essa vida ou com o que eu penso disso tudo. Humildemente, é claro.
Sem mais delongas, foi só uam tentativa (falha, talvez) de explicar a existência disso aqui. Vontade de escrever. Amor pela escrita. Pensamentos. Palavras. Afetos.
De certa forma, um pouco de tudo. Ou não. :)

[Créditos especiais pra Dika, que me encorajou, finalmente, a criar isso! ;*]