terça-feira, 12 de agosto de 2008

Céu e cor

Tinha tudo pra ser mais um pôr-do-sol, com toda a beleza que esse momento do dia reservava. Aliás, era um momento, em especial, que mexia com Ela, com os seus pensamentos e provocava uma espécie de... calma? Instropecção por si só. Não naquele dia. O incomparável tom de vermelho que tomou conta do céu azul transmitiu múltiplas sensações. Lembrou certa vez em que não o pôr, mas o nascer do Sol a fez pensar no que aqueles dois momentos, o nascer e o pôr, verdadeiramente representavam. Estranho pensar que, ao mesmo tempo em que o Sol, no caso do pôr, se despede, a Lua dá boas vindas e se aproxima. Ou o contrário, quando nas primeiras horas da manhã.
Não consegue conceber a idéia de que Sol e Lua jamais se encontram no céu. Encontram-se todos os dias. Pelo menos duas vezes. Claro, fisicamente o brilho da Lua depende de forma intrínseca da luminosidade do Sol. Mas desde quando a Física explica as coisas e a beleza da alma? Ela (não a Física, mas Ela!) apenas percebe que, nesse momento, os dois estão lá, juntos.
Aqueles momentos – nascer e pôr – demonstram o abandono, a chegada e o (re)encontro. Um empresta o seu lugar ao outro, deixando sua sensação particular sem roubar a majestade do que irá se seguir.
Ela, no entanto, pensa em tudo, tudo misturado. Relaciona com os seus aspectos, com o seu coração e sua cabeça, talvez. Pensa nas mil vezes em que consegue (finalmente!) ser racional e a emoção se aproxima... se aproxima... e toma conta, mais uma vez, de sua vontade. Também, há dias em que o coração – quem sabe machucado ou cansado, quem sabe teimoso – sofre uma pequena "parada" a favor do racionalismo. Esquecendo-se dessa relação, pensa somente em que forças regem aquele espetáculo celestial...
Voltando das lembranças, percebe que o vermelho continua lá. Rosa, quem sabe. Azul e vermelho. Vermelho e azul. A confusão e a calma. A luxúria e o sagrado? A maldade e a bondade do ser humano? O dia indo, a noite vindo. Rosa, cada vez mais rosa...
De repente, o azul total! Escuro e misterioso. Lá, na altura do que dizem ser Vênus, uma Estrela brilha. A mais forte do céu, tão forte que parece ser a única. Do outro lado, a Lua. Linda, quase cheia, brilhante. E, também lá no alto, a certeza de que logo estaria envolta em outro céu: claro, sem Estrelas e, quem sabe, vermelho em sua imensidão azul.

*Qualquer relação com o Grenal foi mera coincidência. Sério.

2 comentários:

RACHEL . disse...

que lindo!
adorei esse texto e tive uma sensação estranha!
OIAHOIEHAOIE
falando em pôr-do-sol olha uma foto dele no meu album do orkut...
meeeu deus que CÉU!
beeijo maari!

Amanda disse...

(L)
:O








(pausa para respirar)






demaaaaaaaaaaaais! lindooo! o.O
;*