quarta-feira, 16 de julho de 2008

Aspirando

É uma espécie de vontade motivadora; como um querer. Ou, assim o parece. Com aquilo que conheço como querer, quer dizer.
Diretamente transitivo: ter o desejo ou a intenção (de); tencionar, projetar. É o querer lerescreverdançarirficardormircomerassistirsentir, assim mesmo, tudo ao mesmo tempo; tudo agora. Extravasa minhas emoções e ambições e, de repente, faz com que eu pule da cadeira e esteja me transformando em cem. Em mil. Em um milhão até! Mas, às vezes, não. Tem vezes que esse querer assume uma carranca intransitiva, se impõe e não vai, não vai. Martela e martela, ora na razão, ora na emoção. Tem como objetivo me cutucar, creio eu. Quero e COMO quero! Mas o quê? E, embora isso desperte em comunhão com o "tudo ao mesmo tempo" também, é diferente. É... angustiante. Provoca as tais borboletas no estômago e os cutucões nas feridas. Não sei bem definir se as cutuca com 'mertiolate' ou com um bisturi. Sei apenas que quero. Quero muito. Me pego querendo coisas que não sei bem como funcionam, que nunca tive acesso ao manual de instruções. Nem vou ler! Quero que elas funcionem, sem muita paciência, sem muita demora. Quero! Quero que o mal desapareça e quero ter algum motivo pra chorar e pôr pra fora o que restou. Quero amar, amar, amar! Sempre e muito! Mas quero não ter que medir se amo ou não...
Quero!
Quero!
Quero!

Entre viver e ter o que justifica qualquer existência, apenas quero. Quero querer, e não buscar explicações para os meus “quereres”.